É caro mas eu quero!!
Quando estava a dar os meus primeiros passos neste mundo das finanças
pessoais, a minha mentalidade era de simplesmente direccionar todo o
meu dinheiro para pagar dívidas. Só que depois as dívidas acabaram,
porém eu continuava com a mesma mentalidade, ou seja, sentia que não
podia gastar o meu dinheiro, limitava-me somente a comprar o essencial, e
privar-me de certos luxos. Foi quando percebi que algo não estava
certo, se ser financeiramente competente é viver sem luxos, então eu não
sabia até quando ia aguentar este estilo de vida. Foi quando li em uma das muitas newsletters de Educação Financeira que recebo, que há uma forma de gastar o
dinheiro em luxos, de forma racional.
Estão a ver aquele
relógio caro, aquela carteira com preço assustador, aqueles sapatos cujo
preço é motivo de discórdia entre tu e o teu bolso? Hoje irei
ensinar-te como decidir se deves comprar ou não.
Por acaso é um
raciocínio muito simples porém eficaz e já salvou-me imensas vezes,
porque eu sou daqueles que quando gosto de algo, olho para o preço e
fico uns bons minutos a dar voltas na loja a espera de um sinal divino
para ajudar-me a decidir.
Isto funciona da seguinte forma, presta
atenção porque vou falar português de gente séria, dentro de 3, 2, 1... o
valor “justo” a pagar por um produto é directamente proporcional a
quantidade de uso que o irás dar. Não fiques intimidado(a), continua
comigo e irás perceber que é muito simples. Acho melhor dar um exemplo:
normalmente para o trabalho uso roupa formal, somente aos fins de semana
é que com sorte me encontras de t-shirt. Ou seja, uso mais camisas do
que t-shirts. Então quando vou às compras, é aceitável pagar caro por
uma camisa do que por uma t-shirt, porque irei fazer muito mais uso da
camisa do que da t-shirt. Não faz sentido comprar uma t-shirt cara, se
por mês só a irei usar umas 2 vezes, enquanto que uma camisa, posso se
calhar usar umas 6 vezes.
Produtos (não só roupas) que não vais usar com muita
frequência, não deves pagar muito dinheiro por eles, porém, algo que
irás fazer uso frequente, convém que apostes na qualidade, e toda gente
sabe que a qualidade tem o seu preço.
Se és homem, podes não ler o
que vou dizer a seguir... meninas, sim estou a falar exclusivamente
para vocês. Sinceramente que percebo que vocês adoram os vossos
sapatinhos, as carteirinhas, as pulseirinhas e afins, porém, prestem
bastante atenção na hora da compra. Se estão só a comprar um vestido
para ir só ao casamento da tia Ana (cá entre nós,
sabemos que depois de o usar no casamento da dia Ana não o vão querer
repetir), não apostem em algo caro, porque será deitar dinheiro fora, o
mesmo se passa com o sapatinho, com a carteirinha, o vosso bolso e o
vosso armário (que já não tem espaço para mais roupa que só usaram uma
vez e nunca mais) agradecem.
Se és mulher, podes não ler o que vou
dizer a seguir... "bros", eu sei aquele relógio é sem dúvida de cortar a
respiração, e aquele sistema de som moderno wireless, é divinal. A
mentalidade deve ser a mesma, não vale a pena coleccionar relógios caros
se raramente os usas... e aquele sistema de som, tendo em conta que
poucas vezes ouves música em casa, não faz sentido optar por compra-los
caros.
Limitei-me a falar de compras "banais", porém este princípio pode e deve ser usado em todo tipo de compras.
Quero que percebam que Finanças Pessoais não é só
restrições, é uma questão de matemática simples, se os teus recursos são
limitados, não podes querer que satisfaçam as tuas necessidades
ilimitadas. Tens duas opções, limitar as tuas necessidades, ou então
tornar os teus recursos ilimitados.
Futuramente irei falar mais sobre como
gastar dinheiro sem remorso.
Até ao próximo episódio.
Lol....
ResponderEliminarFalou tudo ;-,